Educação em ação: dengue no Museu da Vida

Grande parte do sofrimento que a dengue causa é derivado da falta de entendimento. Em muitos países com endemia de dengue, as dificuldades estão na identificação e prevenção da doença. Por esse motivo, projetos como a exposição sobre dengue em um museu brasileiro são tão importantes para ajudar a aumentar a conscientização.
O Museu da Vida, no Rio de Janeiro, tem como objetivo colocar os brasileiros em contato com ciência e tecnologia de modo criativo. Vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sem fins lucrativos, ele visa a ensinar os visitantes sobre as formas como a ciência afeta suas vidas diariamente.

Para a exposição sobre dengue, o Museu da Vida tem recebido apoio da empresa farmacêutica Sanofi e da Rede Dengue da Fiocruz. A exposição gratuita, que ocorreu de janeiro a setembro de 2014, atraiu centenas de visitantes. Ela incluía mosquitos gigantes, casas de faz de conta, vídeos, microscópios e telas interativas para ajudar a informar os visitantes sobre o local de onde se origina a dengue, como ela se espalha e como preveni-la.
Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, ficou satisfeito com a exposição. “Agora que a doença está adquirindo novas formas, é essencial aumentar a conscientização pública e compartilhar informações.”
Desde o fechamento do Museu da Vida no final de setembro de 2014, agora há planos de levar a exposição sobre dengue para outras cidades no Brasil.

Rastreando a dengue com smartphones

462307407A tecnologia está ajudando os profissionais da saúde a ficar um passo à frente da dengue no Brasil. Com a chegada de aplicativos para telefone celular de baixo custo e fáceis de usar, ficou mais fácil identificar os focos de dengue.
Devido a um acordo entre o Ministério da Saúde do Brasil e o Instituto de Geografia e Estatística, pesquisadores criaram um aplicativo que pode ser usado pelos profissionais da saúde para localizar a dengue. Lançado como um projeto-piloto em janeiro de 2013 em poucas cidades no estado do Rio de Janeiro, os profissionais da saúde usam o aplicativo para relatar casos de dengue. Todos os dados são coletados de maneira central, e os profissionais usam essas informações para decidir onde agir e quando. Saber até que ponto áreas diferentes são afetadas pela dengue permite que o governo utilize melhor seus recursos.
O esquema tem obtido tanto êxito que, em junho de 2014, o governo o reconheceu com um prêmio como um dos 20 melhores desenvolvimentos de TI no país. Até o final do ano, os desenvolvedores esperam ampliar seu uso para o estado todo.
Com uma abordagem semelhante, a cidade de Natal, no nordeste, também tem usado smartphones para ajudar a combater a dengue. O pesquisador da universidade, Ricardo Valentim, e o epidemiologista, Ion de Andrade, desenvolveram o aplicativo juntos. Ele permite que os moradores relatem possíveis surtos de dengue, permitindo que as autoridades da cidade respondam rapidamente.
É bem provável que esse tipo de aplicativo irá se espalhar no país. Enquanto muitas regiões empobrecidas do Brasil podem ter carência de serviços básicos, a rápida disseminação dos telefones celulares significa que muitas pessoas têm acesso a smartphones. E o fácil acesso também facilita o relato e rastreamento da dengue.

Forte perspectiva de diminuição dos casos de dengue no Rio

smartphone

Casos de dengue estão em alta. Mas no Rio, estão em queda. E um aplicativo para smartphone é um dos motivos


Com uma população de 202,77 milhões, há mais casos de dengue no Brasil que em qualquer outro país das Américas. No início de setembro, o Brasil foi responsável por mais de 650.000 dos 850.000 casos de dengue registrados nas Américas nos primeiros 8 meses de 2014, de acordo com a Organização Pan-americana da Saúde.
Porém, como relata a Fundação Oswaldo Cruz, sem fins lucrativos, esses números gerais encobrem variações regionais. Apesar desse aumento acentuado nos números, os casos de dengue estão diminuindo em alguns lugares no Brasil.
Entre janeiro e julho de 2014, o estado do Rio viu o número de casos de dengue ter uma queda vertiginosa de 97%, em comparação ao mesmo período de 2013. Houve pouco mais de 6.000 casos suspeitos da doença nesse período, em comparação aos mais de 200.000 no ano anterior.
Não há uma única resposta para essa mudança nos casos de dengue. Fatores como clima contribuíram – uma longa estação de estiagem nesta parte do país teve influência nos padrões de procriação do mosquito. No entanto, autoridades regionais de saúde também afirmam que a tecnologia contribuiu para esse declínio. A introdução de um aplicativo para smartphone tem ajudado profissionais da saúde a rastrear a disseminação da dengue e responder a surtos com mais rapidez.
É difícil apontar exatamente qual fator está contribuindo para mudanças na incidência de dengue, mas é positivo ver como a tecnologia está ajudando a combater a doença.

Quão perto estamos de uma vacina contra a dengue?

503258063A Sanofi Pasteur não é a única empresa farmacêutica a fazer progressos no desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. A GlaxoSmithKline, a Merck e a Takeda estão em diferentes estágios de desenvolvimento de suas próprias vacinas, assim como outras organizações sem fins lucrativos. Veja como algumas delas estão se saindo.
Em maio de 2013, a empresa farmacêutica japonesa Takeda afirmou seu apoio para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue mediante a aquisição de uma start-up norte-americana, a Inviragen. A vacina candidata, DENVax, está no momento em estudos clínicos de Fase II (de acordo com o relatório de linha de produtos da Takeda, de agosto de 2014.) Está sendo testada na Colômbia, em Porto Rico, em Singapura e na Tailândia. A vacina candidata tem como objetivo oferecer proteção contra os quatro sorotipos de dengue.
A GlaxoSmithKline, por sua vez, estabeleceu uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, para desenvolver e produzir uma vacina contra a dengue, cuja origem da pesquisa é militar, pelo Instituto de Pesquisa Walter Reed, do Exército dos EUA. Estudos clínicos de Fase I estão em andamento.
A Merck começou a desenvolver uma vacina contra a dengue em 2010, quando adquiriu a unidade de pesquisa de vacina contra a dengue no Hawaii Biotech. Está no momento em estudos clínicos de Fase I, que deverão ser concluídos no final de 2014.
Outras organizações incluem o Instituto Butantan, no Brasil, que está recrutando participantes para a Fase II dos estudos clínicos. É uma iniciativa pública, uma vez que o Instituto Butantan é afiliado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, financiado pelo governo dos EUA, também está testando vacinas contra a dengue em estudos clínicos de Fase I.
É encorajador ver que tantas empresas e organizações estão trabalhando para obter uma vacina contra uma das doenças tropicais negligenciadas que mais se desenvolve no mundo.

Uso de fatores ambientais para prever surtos de dengue

A dengue se desenvolve principalmente em comunidades pobres, onde os recursos são limitados. No entanto, se surtos forem identificados cedo, os recursos disponíveis podem ser utilizados para combater ao máximo os surtos.

Um projeto com sede na Califórnia, o Brazil Health and Air Quality Team visa à utilização de dados ambientais prontamente disponíveis para prever a possibilidade de surtos, dando às pessoas afetadas uma vantagem na implantação de recursos para controlar o vetor (mosquito). 

O objetivo final do projeto é mapear o risco de surtos de dengue, mas para isso primeiro eles precisavam entender a relação entre fatores ambientais, como temperatura e umidade, e o risco de surtos.

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A equipe começou com a criação de um modelo do potencial de epidemia de dengue em áreas urbanas do Brasil, entre 2003 e 2012. O potencial de epidemia é definido como “capacidade de uma doença permanecer em uma população, em função do estilo de vida e da atividade do vetor, mortalidade e o período de incubação necessário da doença.”

Usando dados históricos sobre a umidade e a temperatura, eles encontraram uma correlação entre surtos, baixas temperaturas e alta umidade:os surtos aumentam significativamente de dois a três meses após um período de temperatura inferior à média e de um ou dois meses após um período de umidade superior à média.

A equipe usará essas informações para mapear o risco de surtos de dengue, mas primeiro eles planejam entender melhor a correlação bem como analisar o papel que outros fatores ambientais podem desempenhar, como a vegetação e a hidrologia da superfície.

Os cientistas esperam que, reunindo dados de diversas fontes e abordando de forma mais inteligente o controle da dengue, eles podem nos manter um passo à frente da doença. 

Dengue in Venezuela

121182744Dengue’s breaking public health records in Venezuela. According to official data from the Ministry of Health, cases of dengue rose by 40% in 2013 compared to 2012. There were over 75,000 cases of dengue in Venezuela in 2013, compared to 46,708 in 2012. One of dengue’s victims was the actor José Romero whose high profile raised awareness of the disease even further.

The government is taking action. In late January, it held its first ever state-organized dengue and malaria prevention meeting at a hospital in Barinas. Government officials outlined their plans for combating dengue. Their success depends on an education program that reaches every part of the country. Official press releases remind citizens not to self-medicate against dengue, and to empty water from containers so that they do not turn into breeding grounds for mosquitoes.

But despite the surge in dengue cases and media awareness, casino the disease certainly isn’t new in Venezuela. A WHO report from 2007 describes a reemergence of dengue in the country even then. The fact that people tend to spend a lot of time outdoors in Venezuela gives mosquitoes extra opportunities to bite.

The WHO report shows that in spite of government promises five years ago for a plan to tackle the disease, dengue is more of a problem in Venezuela than ever before. And while education is vital to keep the spread of dengue to a minimum, awareness alone isn’t enough. It is time for firm action to break dengue in Venezuela